Imagem retirada do nº 10667
10429 – Almada, Apolinário de (Joana Josefa de Menezes, Condessa da Ericeira) – DESPERTADOR DEL ALMA. EN VOZ DE UN ADVERTIDO DESENGAÑO. En Lisboa. En la Emprenta de Manuel Lopes Herrera. 1694. (1) – (18) – 150 pp. 18 cm x 13 cm. E.
Uma das raras obras dadas à estampa pela 3ª Condessa da Ericeira, Joana Josefa de Menezes. Nascida em 1651, desde cedo se dedicou às letras. “Aprendeu os princípios da língua latina com António de Mello da Companhia de Jesus e de seus pais ouviu as instrucçõens dos idiomas Italiano, Francez e Espanhol que falou com expedição, e escreveu com pureza e elegância. Iguelamente foi exercitado nos preceitos da Rethorica, e da Poetica em cuja Arte voou o seu espirito com tanta elevação ao cume do Parnaso, que a venerarão por sua Presidente as nove musas, sendo seus versos eleganes, discretos, cadentes e senteciosos (…)” (Barbosa Machado, Bibliotheca Lusitana, p. 511). Deixou diversas obras manuscritas tendo publicado apenas 3 livros.
A obra aqui apresentada é publicada sob pseudónimo (ao que parece a Condessa terá usado o nome de um criado para a publicação). O livro abre com um soneto do Conde da Ericeira (um dos homens mais notáveis do seu tempo nas letras e na política), seguindo de um outro assinado com as iniciais S. P. V.
Joana Josefa de Menzes abre este “Despertador del Alma” com estes versos: “Carissima prision, vinculo estracho/Copia de mis alientos perceptible,/Imbecil humo, de ayre satisfecho,/Brillante efecto de arte incomprehensible;/Compuesto vano, en que advertida acecho/De mi invisble ser forma visible,/Fabrica Humana, que llevó la palma/Aparente ilusion, vida del alma”.
Com uma portada alegórica a abrir o volume.
Encadernação antiga inteira de pele mosqueada. Assinatura de posse na folha de rosto. Papel com alguma acidez. Em bom estado geral de conservação.
VENDIDO.
10227 – Andrade, Eugénio de – OS AFLUENTES DO SILÊNCIO. Porto. Editorial Inova. 1974. 183 – (7) pp. 25 cm x 17, 5 cm. B.
Edição especial desta obra de Eugénio de Andrade. Edição assinada pelo autor e numerada.
Exemplar nº 137/200.
Sobrecapa reproduzindo um desenho de Manuel Pinto destinado exclusivamente a esta tiragem.
Exemplar em bom estado de conservação.
Preço: 65 euros.
10726 – Azevedo, Luiz Marinho de – FUNDAÇÃO, ANTIGUIDADES E GRANDEZAS DA MUY INSINE CIDADE DE LISBOA, E SEUS VARÕES ILLUSTRES EM SANTIDADE, ARMAS, E LETRAS. CATHALOGO DOS SEUS PRELADOS, E MAIS COUSAS ECCLESISASTICAS, E POLITICAS ATÉ AO ANNO 1147 EM QUE FOI GANAHADA AOS MOUROS POR EL REI D. AFONSO HENRIQUES. I PARTE. Lisboa. Á Custa de Luiz de Moraes, mercador de livros à praça da Palha. 1753. (28) – 288 pp. 19, 5 cm x 13 cm. E.
encadernado com
Azevedo, Luiz Marinho de – FUNDAÇÃO, ANTIGUIDADES E GRANDEZAS DA MUY INSINE CIDADE DE LISBOA, E SEUS VARÕES ILLUSTRES EM SANTIDADE, ARMAS, E LETRAS. CATHALOGO DOS SEUS PRELADOS, E MAIS COUSAS ECCLESISASTICAS, E POLITICAS ATÉ AO ANNO 1147 EM QUE FOI GANAHADA AOS MOUROS POR EL REI D. AFONSO HENRIQUES. I PARTE. Lisboa. Á Custa de Luiz de Moraes, mercador de livros à praça da Palha. 1753. 266 pp. 19, 5 cm x 13 cm. E.
Segunda edição desta curiosa e rara obra sobre Lisboa, onde se procura estabelecer uma ligação entre Lisboa e a Antiguidade Clássica.
Sobre este autor e obra e respectivas edições diz-nos o seguinte Inocêncio: “Capitão, Commissario militar e Secretario do Conde de S. Lourenço, quando este governava as armas na província do Alentejo nas campanhas subsequentes á acclamação d’el rei D. João IV. Foi natural de Lisboa, e faleceu n’esta cidade em 1652. Foi reimpressa por indústria de Manuel Antonio Monteiro de Campos, com o titulo de Fundação, Antiquidades e Hrandezas, etc., e sahiu: 1.ª Parte. Lisboa, por Manuel Soares 1753. 4.o de XXVIII 169 118 pag. – 2.ª Parte. Lisboa, por Domingos Rodrigues 1753. 4.o de 266 pag. N’esta obra copiou, sem exame nem critica, todas as notícias fabulosas que encontrava, relativas á historia antiga da Lusitania. A obra é contudo estimada, e da primeira edição tenho visto raros exemplares vendidos de 2:400 réis até 3:200. Os da segunda, que são mui pouco vulgares, reputam se por 1:200 réis, e algumas vezes mais, segundo creio.
Há d’esta obra duas edições totalmente diversas, ambas com a indicação de impressas em 1753, em 4.º. Uma d’ellas não tem nome do impressor, e indica simplesmente no rosto: « A custa de Luiz de Moraes, mercador de livros á praça da Palha. Lisboa, 1753». Com dedicatoria assignada por Luiz de Moraes a el-rei D. José I. A outra tem no frontispicio: «Offerecida á fidelissima e augusta magestade de el-rei D. José I por Manuel Antonio Monteiro de Campos, e á sua custa impresso». A primeira parte, ou tomo, é impressa em Lisboa na officina de Manuel Soares, 1753; e a segunda parte impressa tambem em Lisboa por Domingos Rodrigues, 1753. Note-se que a dedicatoria a el-rei, assignada por Manuel Antonio Monteiro de Campos é sem a menor alteração a mesma que na outra edição se lê com a assignatura de Luiz de Moraes. Note-se igualmente que as licenças para a impressão da publicada por Monteiro de Campos tem as datas de maio e junho de 1753; e as da que publicou Moraes são datadas de setembro do mesmo anno. Etodavia é esta última que se declare no frontispicio:.«Segunda edição correcta e emendada». (…) Os caracteres typographicos, o papel e a impressão, differem em ambas, sendo a edição feita por Monteiro de Campos superior á de Moraes, quando menos n’estas circunstâncias. A numeração é que varia de uma para a outra, porque a de Campos tem ao todo nos dois tomos XXVIII-169-118-266 pag.; e a outra tem XXVIII-288-266 pag., provindo a differença de que n’aquella os livros I e II no tomo I são numerados cada um separadamente e na outra não o são. Innocencio possuía um exemplar da edição de Monteiro de Campos. O conselheiro Figanière e Teixeira de Vasconcellos possuíam exemplares da de Moraes. Foi este último escriptor e illustre jornalista, um dos primeiros bibliophilos em notar as differenças das duas edições. Os exemplares da primeira edição, 1652, tem variado de preços: no leilão de Figueira chegou a 3$550 réis, no de Gubian subiu a 15$000 réis, no do visconde de Juromenha desceu a 2$800 réis por não estar em bom estado de conservação. No catalogo da livraria Bertrand & C.ª, successores Carvalho & C.ª, está annunciada por 1$600 réis. No leilão de Innocencio foi vendido um exemplar por 1$300 réis, e no de Vaz de Abreu outro por 320 réis”. (para mais ver Diccionario Bibliographico Portuguez, Tomo IV, pp. 21V, pp. 303 e XVI pp. 48).
Encadernação antiga, inteira de pele. Capas e lombadas com perdas e defeitos. Com pico de traça na margem interior a atingir aprox. as primeiras 30 fl da Primeira parte sem tocar o texto. Reaparece na pp. 193 a 165 e no pé da pp. 285 até à pp. 24 da segunda parte, também sem tocar o texto. Manuseado e machado.
VENDIDO.
10742 – Barruel, Abade de – HISTORIA ABBREVIADA DA PERSEGUIÇÃO, ASSASSINATO, E DO DESTERRO DO CLERO FRANCEZ DURANTE A REVOLUÇÃO…OBRA DEDICADA À NAÇÃO INGLEZA PELO ABBADE DE BARRUEL ESMOLER DE SUA ALTEZA SERENÍSSIMA A PRINCESA DE CONTI. Porto. Na Of. De Antonio Alvarez Ribeiro. 1795. 3 VOLUMES. XIX – 235 pp.; 269 – (6) pp.; 400 pp. 14 cm x 8 cm. E.
Tradução para português desta obra em que o lado negro da Revolução Francesa é posto a nu, com particular foco nas perseguições ao clero. Ao longo de 3 extensos volumes o Abade de Barruel (1741 – 1820), elenca as mais diversas perseguições que então a Igreja sofreu às mãos dos Jacobinos. Na nota introdutória nomeia os principais responsáveis: ateus, filósofos, jacobinos e a “seita conhecida com o nome de Economistas”.
Encadernações inteiras em pele. Primeiro volume com perda na lombada. Interior dos volumes um pouco manuseado mas em bom estado geral de conservação.
VENDIDO.
9793 – Beirão, Mário – AUSENTE. Porto. Renascença Portuguesa. 1915. 122 pp. 18 cm x 12 cm. E.
Primeira edição deste que é o terceiro livros de poesias de Mário Beirão (1890 – 1965) publicado ainda no tempo da Renascença Portuguesa e no apogeu do Saudosismo (que viria a interpretar de uma forma bastante diferente da linha seguida por Pascoaes).
Exemplar bem encadernado, com a lombada e cantos em pele. Lombada com nervuras. Decoração com dourados na lombada. Papel decorativo nas pastas. Com capas de brochura. Interior em bom estado geral de conservação.
Preço: 60 euros.
10336 – Braga, Manoel de Santa Anna (Fr.) – DISSERTAÇAM THEOLOGICO-JURIDICA SOBRE OS JUROS DO DINHEIRO: MOSTRAM-SE AS DETERMINAÇÕES DOS DIREITOS NATURAL, DIVINO, CANONICO E CIVIL: EXPLICA-SE A DOUTRINA DOS THEOLOGOS MORAES, E ULTIMAMENTE PROPÕE-SE HUM VERDADEIRO SYSTEMA PARA SEGUIREM SEM ESCRUPULO DE CONSCIENCIA OS QUE QUIZEREM DAR DINHEIRO A RAZAM DE JUROS…Lisboa. Na Regia Officina Typographica. 1781. (12) – 120 pp. – (1). 16 cm x 10, 5 cm. E.
Primeira e única edição de um dos primeiros tratados sobre os juros publicados em Portugal. Sobre o seu autor, Fr. Manoel de Santa Ana Braga, sabemos pouco mais do que está escrito na folha de rosto do livro: “Professor actual de Filosofia e Menor Observante da Província de Portugal”.
Uma consulta ao Arquivo da Universidade de Coimbra permite-nos acrescentar que terá frequentado a Universidade (Teologia) entre 1753 e 1762.
Encadernação em pergaminho. Com assinatura de posse na folha de guarda e na folha de rosto. Com assinaturas no verso da errata. Interior em bom estado geral de conservação.
VENDIDO.
10568 – Brandão, Mário – ANTERO DE QUENTAL ESTUDANTE. DOCUMENTOS PUBLICADOS POR MÁRIO BRANDÃO. Coimbra. Separata do «Boletim da Biblioteca da Universidade». 1957
Valiosa recolha de documentos relativos à presença de Antero de Quental em Coimbra. Desde a cópia do assento de baptismo de Antero, passando por problemas de saúde, notas, cartas de professores até às célebres questões e polémicas em que esteve envolvido.
Edição especial de 30 exemplares.
Com uma dedicatória do autor.
Encadernação de boa qualidade com a lombada e cantos em pele. Lombada decorada com ferros dourados. Interior em bom estado de conservação.
VENDIDO.
10335 – Brandão, Raul – A CONSPIRAÇÃO DE 1917 – GOMES FREIRE. Porto. Depositária Companhia Portugueza Editora. 358 pp. 19 cm x 12 cm. B.
1ª edição desta obra de Raul Brandão (1867 – 1930).
Exemplar em brochura. Com vários cadernos ainda por abrir.
Preço: 60 euros.
10725 – Brotero, Felix Avelar – PRINCIPIOS DE AGRICULTURA PHILOSOFICA. Coimbra. Na Real Imprensa da Universidade. 1793. 115 pp. 20 cm x 13, 5 cm. E.
Primeira edição desta que terá sido a segunda obra dada à estampa por este reputado autor (ver Inocêncio, II, pp. 261). Sobre o seu autor, sobejamente conhecido, damos nota de algumas informações enciclopédicas, apenas com o intuito de partilhar algumas linhas sobre a sua vida e sobre a sua época:
Aos dois anos ficou órfão de pai, sendo entregue aos cuidados de sua avó, D. Bernarda da Silva Avelar, por sua mãe ter perdido a razão. Mais tarde, o avô materno, José Rodrigues Correia Frazão, almoxarife dos paços reais de Mafra, auxiliou Félix de Avelar, que apenas contava sete anos, nos primeiros estudos, que foram cursados no colégio dos religiosos arrábidos da referida vila. Falecendo seu avós faltou-lhe tão valiosa protecção no meio do seu curso de humanidades, e vendo-se com dezanove anos anos, só e sem fortuna, e precisado de angariar meios de subsistência, valeu-se da arte do canto, em que era curioso, e conseguiu um lugar de capelão cantor na patriarcal de Lisboa. Neste tempo, ainda mais se aplicou ao estudo, tendo-se aperfeiçoado na língua grega a ponto de a poder ensinar; e apossando-se de conhecimentos do direito canónico suficientes para ir a Coimbra fazer exame de três anos seguidos, teria concluído a formatura se não sobreviesse a reforma da Universidade, de 1772, em que se proibiram os exames sem a respectiva frequência. Como se destinasse ao serviço eclesiástico, fora-lhe concedido, por decreto de 19 de julho de 1766, um moio de trigo no almoxarifado do Reguengo do Alviela, a título de património para a sua ordenação eclesiástica. Todavia não passou das ordens de diácono.
Encadernação antiga inteira de pele. Rebordo decorativo dourado nas pastas. Lombada com pequena perda à cabeça. Encadernação com algum desgaste e pequenas perdas e defeitos. Corte dourado. Folha de guarda com anotações manuscritas antigas (de 1833 e 1848). Folha de rosto um pouco manchada (ver imagem). Interior em bom estado geral de conservação.
VENDIDO.
9608 – Bulhão Pato, Raimundo António de – PAQUITA. POEMA EM XVI CANTOS. Lisboa. Typographia da Academia Real das Sciencias. 1894. XXXV – 495 – (2) pp. 19 cm x 13, 5 cm. B.
Segunda edição deste poema de Bulhão Pato (1828 – 1912).
Sobre esta obra diz-nos o seguinte Luiz Augusto Rebello da Silva:
“Paquita é um protesto contra a poesia franceza que nos invadiu, e que, privada das harmonias métricas, lança na caricatura d’outra caricatura, na imitação bastarda do seu monótono rythmo, saguão literário, para onde mais de uma vez, nesta epocha de corrupção em tudo, ainda os melhores poetas atiram composições belíssimas no sentir e no pensamento; saguão que é o paraíso dos poetastros, e as delícias das nossas eruditas blue stockings (…)”.
Capas com acidez. Interior em bom estado geral de conservação com vários cadernos ainda por abrir.
Preço: 24 euros.
10710 – Castello-Branco, Camilo – CAVAR EM RUINAS. Lisboa. Campos Junior Editor. 252 – (4) pp. 17 cm x 10, 5 cm. E.
1ª edição.
A obra divide-se nos seguintes capítulos: As Moscas, Frandes, Ursos e um Duque de Bragança, O Primeiro Inquisidor Portuguez, Uma Epistola de Almeida Garrett e o Porto, Mosteiro de Lessa, Frei João Lopes, A Vida Picaresca, O Bispo e a Misericórdia do Porto, O Hábito de Frei Diogo, Os sinceirais, O Forra-Gaitas, Versos à Joanninha e á Lua, aviso aos Adulterios, Outro Aviso, Um sermão de Santa Maria Magdalena, O que são os Ventos?, Mephistopheles e Maria Antonia, O meu condiscípulo.
Encadernação modesta com a lombada em tela. Sem capas de brochura. Interior em bom estado de conservação.
VENDIDO.
10705 – Castello Branco, Camillo (trad.); Lady Jackson, Catharina Carlota– A FORMOSA LUSITANIA. Porto. Livraria Portuense – Editora. 1877. 448 – (2) pp. 23, 5 cm x 15 cm. E.
Obra sobre Portugal publicada originalmente em Londres, em 1874, com autoria de Chatherine Hannah Charlotte (Elliot) Jackson. Revestida de um grande cuidado gráfico, foi traduzida e anotada por Camilo que, inclusive, corrigiu imprecisões da autora (ver Cabral, Alexandre – Dicionário de Camilo Castelo Branco, p. 280). Camilo acabaria por receber uma extensa missiva de sete páginas da autora, que rebateu, ponto por ponto, «as observações que lhe fizera, quase sempre maliciosas.».
Mais tarde, acabaria por mencionar Lady Jackson, desta vez com deferência, na revista A Arte, aquando da publicação dos primeiros capítulos d’A Brazileira de Prazins (id. ib., p. 350).
Com 20 gravuras extratexto.
Encadernação editorial em tela em muito bom estado de conservação. Interior em bom estado de conservação. Excelente exemplar.
Preço: 180 euros.
10711 – Castello-Branco, Camilo – MEMORIAS DE GUILHERME DO AMARAL…Lisboa. Livraria de Manoel Antonio de Campos Junior. 1863. 216. 16 cm x 10 cm. E.
1ª edição.
Encadernação com a lombada em pele. Sem capas de brochura. Interior em bom estado de conservação.
VENDIDO.
10713 – Castello-Branco, Camilo – SCENAS INNOCENTES DA COMEDIA HUMANA. Lisboa. Livraria de Antonio Maria Pereira. 1863. 241 – (2) pp. 19, 7 cm x 10, 5 cm. E.
1ª edição.
Encadernação modesta com a lombada em tela. Sem capas de brochura. Interior em bom estado de conservação.
VENDIDO.
10714 – Champsaur, Félicien – L’ORGIE LATINE. Paris. Eugéne Fasquelle, Éditeur. 1904. XX – 353 – (2) pp. 19 cm x 12, 5 cm. E.
Curiosa obra dedicada à luxuria no Império Romano. Da introdução retirámos as seguintes linhas: “Ce livre, malgré les vingt siècles nous séoarant de l’epoque qui’l retrace, est d’actualité: il le sera encore, demain et toujours, car l’homme ne change guére, malgré la diversité d’aspect des temps, et des moeurs, car nos vertus, nos vices, nos agitations, aux grimaces des ancêtres disparus.”
Da autoria do eclético poeta e romancista Félicien Champsaur (1858 – 1934), conta com ilustrações e um belíssimo trabalho gráfico de Aguste Leroux (1871 – 1954).
Encadernação modesta com a lombada em tela. Interior em bom estado de conservação.
Preço: 35 euros.
10741 – COMPENDIO DA THEOLOGIA MORAL EVANGELICA PARA FORMAR DIGNOS MINISTROS DO SCRACAMENTO DA PENITENCIA E ESPIRITUAIS DIRECTORES. Lisboa. Na Regia Officina Typographica. 1776. VI VOLUMES. XIII – 615 pp; X – 613 pp.; X – 622 pp; 720 pp; X – 594 pp; XII – 709 pp. 14, 5 cm x 9, 5 cm. E.
Antes de começarmos a descrição da obra em si, convirá referir que no primeiro volume se encontram três folhas manuscritas. A primeira com uma fórmula para fabricar “Graixa de Sapatos”, a segunda com uma receita para produzir “Murcellas de Sangue” e a terceira (no final do volume) com uma breve nota biográfica (aparentemente escrita em 1813) onde é referido que o frade que possuía esta colecção professou no Mosteiro de Santo Tirso (Beneditinos) aos 24 de Janeiro de 1778. Na folha de rosto encontra-se uma assinatura de posse com uma caligrafia diferente das restantes notas.
Nesta primeira edição do “Compendio da Theologia Moral” vamos encontrar muitos dos temas habituais neste tipo de livros com a respectiva definição e considerandos sobre a sua licitude. Apostasia, Caridade, Livros Proíbidos, Verdade, Adivinhação, Feitiços, Cantigas Indecentes, Danças, Cartas Amatórias, Colóquios Amorosos, Virgindade, Cocheiros, Creados, Creadas (ilicitude de servir Meretrizes), Defesa da República e do Bem Comum, Guerra, Taberneiro (ilicitude da mistura de água com vinho), Caça e Pesca, Lucro, Aborto, Adultério, Simonia, Rapto, Parentesco, Homicídio, Bigamia, etc.
Estes casos (hoje vistos em boa parte como uma curiosidade) eram determinantes para a organização da sociedade.
Encadernações inteiras de pele com pequenos defeitos. Um pouco manuseados. Vol. V e VI manchados (sem impedir a leitura). Interior dos restantes volumes em bom estado geral de conservação.
Preço: 65 euros.
10750 – Coutinho, D. Gastão Fausto da Câmara – O ESTALAJADEIRO DE MILÃO DRAMA JOCO-SERIO EM TRES ACTOS. [Lisboa. Imprensa Alcobia 1824?] 46 pp. 22 cm x 15 cm. B.
Peça da autoria de D. Gastão Fausto da Câmara Coutinho (1772 – 1852), Capitão de Fragata, Bibliotecário da Marinha, dramaturgo e poeta. Sobre as qualidades do autor diz-nos Innocêncio Francisco da Silva o seguinte: “D. Gastão era um poeta elegante, de veia fácil e amena, cujos versos são em geral corretos e harmoniosos, de acordo com o gosto da escola que seguia. Possuía bastante erudição, ampla leitura e profundo estudo dos nossos clássicos, além de ser versado na literatura latina e na francesa do século XVIII. Com tais predicados e com o seu inegável talento, poderia ter deixado obras de maior vulto, que lhe assegurariam para a posteridade um nome mais distinto entre os escritores de seu tempo. (…)” – Inocêncio III, pp. 136.
Sem folha de rosto. Manuseado.
VENDIDO.
10734 – Cunha, João Pinheiro Freire da – BREVE TRATADO DA ORTHOGRAPHIA PARA OS QUE NÃO FREQUENTARÃO OS ESTUDOS, OU DIALOGOS…Lisboa. Na Typographia Lacerdiana. 1813. VI – 298 – (14) pp. 14, 5 cm x 9, 5 cm. E. ~
“João Pinheiro Freire da Cunha, professor de gramática latina e portuguesa em Lisboa, sua pátria, instituiu em 1772 uma sociedade com o título de Academia Orthographica, que durou por mais de trinta anos e da qual existe memória em alguns trabalhos impressos. Nascido a 23 de abril de 1738, ainda vivia em 1811, falecendo provavelmente nesse ano ou pouco depois. Entre suas obras, destaca-se o Breve Tractado de Orthographia para os que não frequentaram os estudos, em sua sexta edição — mais acrescida e correta que as precedentes — publicada em Lisboa, na oficina de Antônio Gomes, em 1788, em formato oitavo, com 202 páginas. Possuo essa edição, bem como a oitava, ainda mais correta, publicada em Lisboa em 1814, também em oitavo, e creio que ainda posteriormente a obra foi reimpressa algumas vezes.” (Diccionario Bibliographico Portuguez, Tomo IV, pp. 21).
8ª edição.
Encadernação antiga inteira de pele. Com perda na parte superior da lombada. Interior em bom estado geral de conservação.
Preço: 24 euros.
10702 – Damasio, Manoel de S. Caetano (Frei) – THEBAIDA PORTUGUESA: COMPENDIO HISTORICO DA CONGREGAÇÃO DOS MONGES POBRES DE JESUS CRISTO DA SERRA DE OSSA CHAMADA DEPOIS DE S. PAULO I EREMITA EM PORTUGAL OFFERECIDO AO SERENISSIMO SENHOR DOM JOÃO, PRINCIPE DO BRASIL N.S. 2 VOLUMES. Lisboa. Na Officina de Simão Thaddeo Ferreira. 1793. XX – 362 pp; 502 pp. 16, 8 x 10, 5 cm. E.
Importante obra que trata a história dos Monges da Serra de Ossa. Sobre o seu autor e sobre esta obra em particular retirámos um excerto do que nos diz Innocêncio no Tomo 5 do seu Diccionario Bibliographico Portuguez (p.382): “ FR. MANUEL DE S. CAETANO DAMASIO, Eremita de S. Paulo, da Congregação da Serra d’Ossa, na qual foi Reitor geral, etc. Ignoro ainda a sua naturalidade e as datas do nascimento e óbito, em razão da difficuldade de poder consultar no R. Archivo os livros das profissões e obituario dos padres da referida Congregação, que alli se conservam.— [Escreveu].
236) Thébaida portugueza. Compêndio histórico da Congreqação dos mongespobres de Jesus Christo da Serra d’Ossa, chamada depois de S. Paulo primeiro eremita em Portugal. Lisboa, na Offic. de Simão Thaddeo Ferreira 1793.8.° 2 tomos com xx-362 pag., e xx-502 pag.
Termina o segundo volume com os successos do século xiv, e os tomos seguintes,que deveriam conter a continuação da chronica até o tempo do auctor, não chegaram a publicar-se; ficando interrompida, como já o ficara a outra, que mais de quarenta annos antes começara a dar á luz Fr. Henrique de Sancto Antônio.”
Encadernação inteira de pele com pequenos defeitos. Um pouco manchados (ver imagens). Pico de traça nas pp. 359/362 (pág. final) do 1º Tomo (a tocar algumas letras do texto). Restante interior em bom estado geral de conservação.
Preço: 180 euros.
9675 – EMILIA DAS NEVES DOCUMENTOS PARA A SUA BIOGRAPHIA POR UM DOS SEUS ADMIRADORES. Lisboa. Livraria Internacional – Silva Junior. 1875. 570 – (VI) pp. 21 cm x 13 cm. E.
Notável trabalho biográfico sobre Emília das Neves (1820 – 1883), uma das mais conceituadas actrizes do seu tempo tendo representado centenas de comédias, dramas e tragédias.
Admirada por figuras como Almeida Garrett, Júlio César Machado ou João de Lemos, muitos foram os poetas que, rendidos ao seu talento, lhe dedicaram versos. Nesta obra vamos encontrar transcrições de poemas de João de Lemos, Faustino Xavier de Novais, Antero de Quental, Luís Augusto Palmeirim, Nogueira Lima, Evaristo Pinto, João d’Almeida Braga, José Borges Pacheco Pereira, Guilherme Braga, Albino de Andrade, Amélia Janny, José de Serpa, Moniz Barreto, Louise Berteuil, Rodrigues Cordeiro, Ernesto Augusto Vidal, Eugénio de Castilho, Mariana Rochedo, entre outros.
Com “a photographia fac-simile da grande atriz”.
Encadernação com a lombada e cantos em pele. Com capas de brochura. Carimbo na capa e folha seguinte e notas a lápis (na capa e em algumas páginas do volume).
Preço: 60 euros.
10692 – Fontaine, Jean de; Doré, Gustave (dessins) – FABLES DE LA FONTAINE. Paris. Libraire de L. Hachette et Cie. 1868. LX – (2) – 864 pp. 36 cm x 27 cm. E.
Edição monumental das célebres fábulas de La Fontainte.
O livro abre com uma biografia de La Fontaine e um pequeno texto sobre Esopo. Depois seguem-se todas as fábulas escritas ou recolhidas por La Fontaine.
Com ilustrações e trabalho gráfico de Gustave Doré.
Encadernação da autoria do notável mestre-encadernador Jean Engel (1819 – 1892).
Encadernação artística em tela. Corte dourado. Interior com picos de acidez próprios do papel mas em bom estado de conservação.
Preço: 600 euros.
9285 – Gama, Arnaldo – O FILHO DO BALDAIA. ROMANCE HISTÓRICO. Porto. Em Casa da Viúva Moré – Editora. 1866. (4) – 511 pp. 18 cm x 12, 5 cm. B.
Primeira edição de uma das mais célebres obras de Arnaldo Gama (1828 – 1869).
Com capas de brochura. Não aparado. Com assinatura de posse na folha de rosto. Interior em bom estado geral de conservação.
Preço: 40 euros.
10751 – Gomes Leal, António – A FOME DE CAMÕES (POEMA EM 4 CANTOS). Lisboa. Editores Empreza Litteraria Luso-Brazileira de A. Sousa Pinto e Livraria Industrial de Lisboa. 1880. LXIII – (2) pp. 22, 5 cm x 14 cm. B.
Primeira edição deste conhecido poema de Gomes Leal (1848 – 1921).
O tema, a fome de Camões, cantado por um ainda jovem Gomes Leal, parece quase profetizar o futuro do próprio autor e descrever a sua velhice…Sobre os últimos dias de Camões escreve Gomes Leal:
Hoje, pois, triste, velho, sem abrigo,
Faminto, abandonado e vagabundo,
Tenta esmolar tambem pelas esquinas.
Ó lágrimas!.. Ó glórias! Ó ruínas!…
Anos mais tarde, em 1910, Gomes Leal perderia a sua mãe (que o amparava) e, daí em diante, o poeta viveu um período particularmente difícil da sua vida. Vagueava por Lisboa, tendo-se alcoolizado e chegou a dormir na rua ou em casa de pessoas que, por caridade, o acolhiam: “Faminto, abandonado e vagabundo”. Presume-se que é na altura em que o desespero e a miséria tomam conta da sua vida que Gomes Leal inicia o processo de conversão ao catolicismo. Como é sabido, por iniciativa de Teixeira de Pascoaes é criado um grupo de pressão que conseguiria que o Estado desse uma pensão de sobrevivência a Gomes Leal, o salvou o poeta de cair na mais absoluta miséria…
Capas com alguns defeitos. Interior em bom estado geral de conservação.
VENDIDO.
10654 – Guerra Junqueiro, Abílio Manuel – ESPARSAS. Porto. 1886 [142 pp] 23 cm x 15, 5 cm. E.
Primeira edição (?) deste raro livro de Guerra Junqueiro, onde se encontram reunidas diversas poesias eróticas e satíricas do autor.
Incluí a célebre poesia “As Musas” que Natália Correia viria a republicar na sua célebre “Antologia de poesia portuguesa erótica e satírica” e outros poemas dignos de nota, como as sátiras violentas ao Padre Senna Freitas e Thomaz Ribeiro…
A edição é apresentada como sendo limitada a 10 exemplares.
Termina com o título “Rosa Pallida”, poesia que não chegou a ser impressa e que não consta de nenhum dos exemplares desta edição.
No final do livro encontra-se uma nota a lápis onde pode ler-se: “é uma contrafação da livraria Fernando Machado publicada em 1934 que constou de 30 exemplares”.
Encadernação com a lombada e cantos em pele. Com algumas notas e numeração a lápis Interior em bom estado de conservação.
Raro.
VENDIDO.
8192 – Guimarães, Delfim – ALMA PORTUGUESA. LIVROS DE VERSOS DE DELFIM GUIMARÃES. Lisboa. Imprensa Lucas. 1927. 194 pp. 25 cm x 17 cm. B.
Livros de poesias de Delfim Guimarães. Com poemas dedicados a Brito Camacho, Cândido de Figueiredo, Agostinho de Campos, Albino Forjaz de Sampaio, Ricardo Jorge, André Brun. Roque Gameiro, entre outros.
2ª edição, aumentada. Ilustrações de Santos Silva (Alonso).
Com uma dedicatória do autor.
Exemplar em bom estado de conservação.
Preço: 18 euros.
10409 – Henriquez Gomez, Antonio – LA CULPA DEL PRIMERO PEREGRINO. En Roan. En la Emprenta de Laurens Maurry. Anõ de 1644. (1) – (6) 144pp. 21, 2 cm x 15, 1 cm. E.
Primeira edição desta versão dramatizada espanhola da Queda.
Antonio Enríquez Gómez (1600? – 1663), comerciante, dramaturgo, poeta e nasceu em Cuenca (Espanha). Durante muitos anos foi-lhe atribuída uma ascendência ou naturalidade portuguesa (que hoje parece estar descartada). Contudo manteve relações próximas com Portugal (dedica um livro à Restauração de 1640 e a D. João IV) e com portugueses como Manuel Fernandes de Villa Real ou Augustine Coronel-Chacon (que dedica um poema a Henriquez Gomez a abrir esta obra). Inocêncio Francisco da Silva, no seu “Diccionario Bibliographico Portuguez” dá-o como natural de Portugal. Cristão-Novo (ou marrano), a sua condição forçou-o a viajar (e a exilar-se) em França onde se dedicou ao comércio. A “Biblioteca Espanhola-Portugueza-Judaica” (1891) de Meyer Kayserling descreve assim a sua passagem por França: “(…)A l’âge de vingt ans il embraça la carrière militaire et fut bientôt promu au grade de capitaine ; néanmoins il fut persécuté par l’inquisition, qui l’accusa de judaïsme et le brûla en effigie à Séville en 1660. Il gagna à temps la France , séjourna quelques années à Bordeaux et à Rouen, où il publia plusieurs de sesouvrages (…)”.
Poderá ter tido algumas relações e reconhecimento no meio literário uma vez que um dos seus sonetos se encontra inserido numa obra de Juan Pérez de Montalbán. Tendo regressado a Espanha viveu usando um nome falso mas acabaria preso pelo pelo Santo Ofício, tendo morrido encarcerado em Sevilha em 1663.
Encadernação antiga, inteira de pele. Exemplar em bom estado geral de conservação.
Extremamente raro.
Worldcat localiza apenas 7 cópias.
Preço: 2800 euros.
10431 – LA MAISON A PLAISIR OU LA PASSION DE GILBERTE. Paris. Chez LA Petite Lolotte, Galeries du Palais Royal. 1890. 80 pp. 17 cm x 10, 5 cm. E.
Obra publicada anonimamente, “La Maison a Plaisir ou la passion de Gilberte” é um conto que tem por pano de fundo os bordeis parisienses do século XIX e como personagem principal Gilberte, um frequentador desses espaços que se vê envolvido numa trama erótica de alto coturno onde o lesbianismo, o amor, as traições e desejos inconfessáveis constituem o ponto alto desta curiosa narrativa.
Edição limitada a 300 exemplares.
Encadernação modesta (de época) com a lombada em tela. Interior em bom estado geral de conservação.
Preço: 90 euros.
10753 – Leão, António da Costa – CAMILO E O POVO FORA DOS DICIONARIOS (SUBSÍDIOS PARA O LÉXICO PORTUGUÊS). Lisboa. Typ. Empresa Diário de Notícias. 1922. 66 pp. 19 cm x 12 cm. E.
Pequeno dicionário de palavras invulgares recolhidas de textos de Camilo Castelo Branco, Ricardo Jorge, Mendes Leal, Júlio Dantas, entre outros.
Com uma dedicatória do autor.
Encadernação com a lombada em pele. Interior em bom estado de conservação.
Preço: 15 euros.
10667 – L’ILLUSTRATION. NOEL 1927. LXXXVIII pp. 39, 5 cm x 29 cm. E.
Belíssima ilustração especial de Natal da revista L’Illustration.
Com artigos e publicações sobre “Ballet Russe” (por Jacques-Émile Blanche com ilustrações de L. Bakst), “Aro Arii te Tara” (pela Rainha Marautaaroa e ilustrado por Léon Carré), D’une Beauté Féminine Nouvelle (por Eugéne Marsan com ilustrações de William Ablett), Notes sur l’Amour (por Paul Geraldy com ilustrações de Alfred Latour), entre outros artigos sobre arte, moda, joalharia, etc. .
Com várias páginas de publicidade a marcas como Waterman, Hernès, Mobiloil, Renault, Panhard & Levassor, Rochet-Schneider, Roger & Gallet, Toblerone, Eno’s, entre muitas outras.
Encadernação editorial em tela (com algum desgaste nos dourados das pastas). Interior em bom estado geral de conservação.
Preço: 120 euros.
9426 – Lima, Fernando de Castro Pires de – A MULHER VESTIDA DE HOMEM. Col. Cultura e Recreio. s.l. [Coimbra]. F.N.A.T. – Gabinete de Etnografia. 1958. 381 (3) pp. 14,8 cm x 22,9 cm. E.
Obra de Fernando de Castro Pires de Lima (1908 – 1973), em que é feito o estudo do romance novelesco de prováveis origens medievais “A Donzela que vai à Guerra.”
O autor faz a recolha e análise das diversas versões e deturpações deste romance ou o uso de excertos do mesmo em diversas relações de Portugal continental, ilhas e noutros territórios (como Goa), o que demonstra a grande circulação do romance e a sua influência na cultura popular.
Exemplar bem encadernado com a lombada e cantos em pele. Lombada decorada com dourados. Sinais de desgaste nos cantos da pasta. Corte serrilhado. Com capas. Interior em bom estado de conservação.
Preço: 40 euros.
10728 – [Bezerra] Lima, Manuel Gomes de – MEMORIAS CHRONOLOGICAS, E CRITICAS PARA A HISTORIA DA CIRURGIA MODERNA…Porto. Na Of. Episc. doCapitão Manuel Pedroso Coimbra. 1762. [32] – 340 – [12] pp .16, 5 cm x 10 cm. E.
Primeira edição desta obra de Manuel Gomes de Lima Bezerra (1727 –
1806), “Pontelimense, Cirurgião da Real Casa, e Família de Sua
Magestade, Juiz Delegado do Cirurgião-Mor do Reino, Director da
Academia do Porto, Socio da Sociedade Real de Sciencias de Sevilha e
da Academia Médica de Madrid e da de Nossa Senhora da Esperança na
mesma Corte”.
Esta rara primeira edição, impressa no Porto nas oficinas do
Capitão Manuel Pedroso Coimbra (então ao serviço da Oficina
Episcopal), seria seguida de uma segunda, de aparecimento mais comum
no mercado, publicada em Lisboa em 1779 na Oficina de António
Rodrigues Galhardo.
Para a raridade desta primeira edição não há, tanto quanto
sabemos, uma explicação linear. Se é certo que o Capitão Pedroso
Coimbra estava preso por altura desta publicação (por publicar obras
sem as licenças do Santo Ofício), sabemos também que da sua oficina
saíram 47 títulos até 1766 (alguns publicados depois da prisão
deste Capitão, impressor e livreiro). Se é sabido que Lima Bezerra
em 1764 (dois anos após a publicação desta obra) já não estava no
Porto (havia ingressado em Medicina em Coimbra) nada obstava à
circulação da obra nem o autor obstaculizaria a sua publicação uma
vez que a tornou a mandar imprimir (aumentando-a e anunciando a sua
nova condição de “Doutor Filósofo”) alguns anos depois. O mais
provável é ter sido obra de pequena tiragem o que terá levado à
sobrevivência de poucos exemplares.
Encadernação inteira de pele. Interior em bom estado geral de
conservação.
VENDIDO.
8875 – Lobo, Eduardo de Barros – AS VESPAS. Nº 1. Porto. Typographia Central. 1879. 31 pp. 18, 5 cm x 13, 5 cm. B.
Publicação verrinosa de Eduardo Barros Lobo “Beldemónio” (1857 – 1893) em que o autor critica sem grandes contemplações diversos aspectos da vida pública portuguesa.
Alexandre Cabral no seu “Dicionário de Camilo Castelo Branco” (pp. 365) diz que Camilo e Barros Lobo devem ter travado conhecimento precisamente por causa de As Vespas. De facto, neste primeiro e único número de “As Vespas” podemos encontrar diversas referências a Camilo. Sobre esta publicação Camilo escreveu o seguinte: “Lobo possui o aço muscular dos atletas vesados a lotar arca a arca com a leoa hircana e a estupidez reinante – o closso de Rodes por debaixo de cujas pernas têm de passar agachados, humildemente, os que foram fadados com o sestro da observação caustica aristofânica”.
Capas com defeitos. Manuseado.
Preço: 25 euros.
10697 – Macedo, Joaquim Teixeira de (trad). Gallois, Leonardo – HISTORIO DE NAPOLEÃO SEGUNDO AS MEMORIAS AUTHENTICAS ESCRIPTAS OU DICTADAS POR ELE MESMO. Rio de Janeiro. Typ. Imp. e Const. De E. Seignot-Plancher Editor. 1832. 2 VOLUMES. X – 296 – (4) pp; 306 pp. 19, 5 cm x 11, 5 cm. E.
“Napoleão (…) foi, enquanto reinou, o árbitro dos Impérios, Reinos, e Estados da Europa; e que exercendo sobre eles o seu poder e a sua politica originou uma mudança quasi geral na América; tornando-se, pela mesma epocha, e depois, em Nações livres, e independentes, as ricas, férteis e vastas Regiões que estavam algemadas por aquellas Nações Europeas como Colonias suas. He o Brasil huma das mais consideráveis, e assim podemos afirmar que Napoleao estendeo a sua influencia, e produziu novos destinos ao novo mundo (…). – da introdução de Leonardo Gallois.
Encadernações com a lombada em pele. Folhas de rosto e preliminares manchadas. Interior em bom estado geral de conservação.
VENDIDO.
10428 – [BRASIL. ARÁBIA. INDIA. CHINA. JAPÃO] – Maffeii, Giovanni Pietro
– HISTORIARUM INDICARUM LIBRI XVI. Venetiis. Apud Damianu, Zenarium. 1589. (56 pp) – 281 [fl. num]. 19 cm x 14 cm. E.
encadernado com
– SELECTARUM EPISTOLARUM EX INDIA LIBER QVATVOR. Venetiis. Ex. Offinina Damiani Zenarii. 1588. 211 [fl. num]. 19 cm x 14 cm. E.
A primeira parte desta obra do Padre Jesuíta Giovanni Pietro Maffei (1536 – 1603) diz respeito à história da missão jesuítica nas Índias com diversas referências a Goa, Diu, Calecute, Ceilão, Malaca, Maldivas, Cochim, Arábia, Ormuz, Sofala, China, Japão, etc.
A segunda parte consiste numa seleção de cartas sob o título “Selectarum Epistolarum ex India libri quatuor”, muitas das quais se relacionam com o Japão. Incluem-se ali as primeiras cartas das principais figuras na história da Companhia de Jesus no Japão: São Francisco Xavier, Luís de Froes, Gaspar Vilela, Luís de Almeida, Francisco Cabral, entre outros. Estas cartas são documentos importantes na fase inicial da presença portuguesa e da Companhia de Jesus no Japão, fornecendo os primeiros relatos os diversos aspectos da sociedade japonesa de então. O livro segue com “De Quinquaginta dvobvs e Societate Iesu Dvm in Brasiliam Navigant”, um capítulo relativo às missões dos Jesuítas no Brasil. E termina com “Ignatii Vitae” (a vida de Santo Inácio de Loiola).
Encadernação inteira de pele. Interior em bom estado geral de conservação.
Preço: 1800 euros.
10703 – Mello (Filho), Adelino Augusto das Neves e – MUSICAS E CANÇÕES POPULARES COLLIGIDAS DA TRADIÇÃO. Lisboa. Imprensa Nacional. 1872. 245 pp. 22,2 cm x 14 cm. E.
“Este cancioneiro não é mais do que um singelo ramo de flores silvestres colhidas ao acaso pelo campo; modesto e simples na sua ingénua belleza é, todavia, suavíssimo e brando o seu aroma; sente-se uma certa frescura matinal ao aspiral-o, uma subtil vibração de primavera (…)”.
Nesta recolha podemos encontrar “Cantigas de Coimbra” (“Fado”, “Estudantina”, entre outras”), “O Londum da Figueira”, “Oh Elvas, Oh Elvas …Badajoz à vista” (todas as anteriores incluídas em “Cantigas de Coimbra”), “Cantigas do Minho” (“Canna Verde”, “Chula”, etc), “Cantigas de Traz os Montes”, “Cantigas dos Açores” e “Cantigas do Berço”.
Encadernação antiga em tela com algum desgaste na lombada. Com as iniciais “M. L.” gravadas a dourado na pasta. Interior em bom estado de conservação.
Raro.
Preço: 85 euros.
8607 – Nabuco, Joaquim – MINHA FORMAÇÃO. Rio de Janeiro. H. Garnier Editor. 1900. X – 311 pp. 17, 7 cm x 11 cm. E.
Primeira edição desta que é talvez uma das mais importantes obras de Joaquim Nabuco (1849 – 1910). O escritor, que na sua juventude havia ganho notoriedade com a polémica que travou com José de Alencar, relata neste livro diversos aspectos da sua vida e mocidade. Escreve sobre as suas viagens à Europa e aos Estados Unidos, sobre a sua vida literária, sobre a sua carreira profissional, não deixando de dedicar dois capítulos aquela que, provavelmente, foi uma das suas maiores causas: o abolicionismo.
Encadernação com a lombada e cantos em pele. Interior em bom estado geral de conservação.
Preço: 35 euros.
10469 – Negrão, Albano Zink . PARQUE MAYER. Lisboa. s.d. [1952?] – 139 – (4) pp. 20 cm x 13 cm. E.
Interessante trabalho de Albano Zink Negrão sobre o Parque Mayer a sua história e algumas das principais peças ali representadas.
Na capa pode lêr-se a seguinte inscrição: “AUTÓGRAFOS DE ARTISTAS QUE REPRESENTARAM A PRIMEIRA REVISTA LIVRE APÓS O 25 DE ABRIL NO TEATRO DE VARIEDADES DENOMINADA O PÁ PEGA NA VASSOURA. ANO 1974”.
Ilustrado com caricaturas de diversos actores.
O livro contém uma dedicatória de Dora Leal e autógrafos de José Viana (assinado por baixo da sua caricatura) e de Carlos Coelho.
Encadernação inteira de pele. Conserva as capas de brochura. Interior em bom estado de conservação.
Preço: 60 euros.
8996 – Novaes, Faustino Xavier de – POESIAS POSTHUMAS DE FAUSTINO XAVIER DE NOVAES. Porto. Livraria Internacional. 1877. 320 pp. 21 cm x 13 cm. E.
Poesias de Faustino Xavier de Novais (n. Porto 1820 – m. Rio de Janeiro 1869), poeta, jornalista e escritor com obra publicada em diversas publicações periódicas em Portugal e no Brasil. Faustino Xavier de Novais era irmão de Carolina Xavier de Novais, mulher de Machado de Assis.
Com poesias dedicadas a Francisco Palha, António Pereira da Cunha, Camilo Castelo Branco, Artur Napoleão, Castilho, Bernardino José Machado, Emília das Neves, Baronesa de Taquary, Manoel de Mello, Rita de Cássia Rodrigues, António de Almeida Campos e Francisco José Correia Quintela.
No final do volume encontram-se umas “Notas” onde há informações sobre as poesias de Faustino Xavier de Novais, os jornais onde foram publicados e os pseudónimos utilizados.
Encadernação editorial em tela. Pequeno rasgão na margem interior das pp. 248/249 (sem afectar o texto). Interior em bom estado geral de conservação.
VENDIDO.
10650 – Portela, Artur – BATALHA HUMANA. Lisboa. Livraria Popular de Francisco Franco. s.d. 270 – (1) pp. 18 cm x 11 cm. E.
Obra que reúne diversos contos do jornalista e escritor Artur Portela (1901 – 1959). No livro encontramos entre outros os seguintes contos: Mestre Gentil de Bata Branca, O Segredo de Zweig, A Casa Esquecida (camiliano) e Conto Ucraniano.
No seu “Conto Ucraniano”, Portela narra a chegada da guerra às aldeias ucranianas, fala-nos de camponeses que “olhavam como uma luz que desaparece para aquela terra que tinham semeado”. De um “velho trôpego enterrando as mãos no solo húmido e avermelhado (…) que arrancando um punhado de terra beijou-a, sentindo na boca o saber ácido e vivo do húmus encharcado pelo orvalho da madrugada (…)”. Refere um ataque suicida da infantaria a um comboio: “eram rapazes de dezoito anos que faziam a guerra pela primeira vez. Subtiamente a vida deixara de lhes pesar. Nos seus músculos, a energia da juventude transfundia-se em Heroísmo. Nem eles sabiam o que isso era. Corriam sobre o ventre da terra mater, e isso dava-lhes um alento sobre-humano, como se dela nascessem outra vez (…)”. E termina contanto a história de Natacha, uma sobrevivente. Uma “velha” que aprisionada num comboio alemão “agarrou duas granadas que apanhara no campo de batalha e lançou-as à fornalha incandescente, num gesto brusco, decisivo. Entre os destroços fumegantes do comboio Natacha, abraçada à terra negra, sorria sempre. A morte nada lhe roubara, senão a vida!”.
O livro termina com uma série de contos intitulados “Contrabandistas”. O primeiro conto, “Ladrões de Cavalos” é dedicado a Ruben de Esaguy.
Com uma dedicatória de Artur Portela para Ruben de Esaguy.
Encadernação modesta em tela. Aparado. Um pouco manuseado mas em bom estado geral de conservação.
Preço: 16 euros.
9129 – Quental, Antero de – OS SONETOS COMPLETOS DE ANTHERO DE QUENTAL PREFACIADOS POR OLIVEIRA MARTINS. NOVA EDIÇÃO. Coimbra. Imprensa da Universidade. 1922. 125 pp. 20 cm x 12 cm. E.
Nova edição dos sonetos de Antero de Quental organizada por Oliveira Martins.
Da introdução de Oliveira Martins, onde é feita uma extensa e erudita análise à obra e poesia de Antero, retiramos a conclusão em que Oliveira Martins escreve apenas sobre o homem: “Este homem, fundamentalmente bom, se tivesse vivido no século VI ou no século XIII, seria um dos companheiros de S. Bento ou de S. Francisco de Assis. No século XIX é um excêntrico, mas d’esse feitio de excentricidade que é indispensável, porque a todos os tempos foram indispensáveis os hereges, a que hoje se chama dissidentes (…)”.
Encadernação com lombada e cantos em pele. Perda da parte superior da lombada (2,5 cm). Ligeiramente aparado. Não conserva as capas de brochura. Interior em bom estado de conservação.
Preço: 30 euros.
10752 – ROMANCE QUE SACA A LUZ, Y COMPONE DE RUSTIQUEZES, Y SIMPLICIDADES LA RISA DE LAS MOGIGANGAS; EL FESTEJO DE LAS DANZAS DEL DIA DEL CORPUS; LE CONTINUO ALBOROZA DE CALLES DE MADRID, EL PATAN DE LA VILLA DE ALCORCON CONOCIDO EN ESTA CORTE POR TU SU CELEBRADO NOMBRE DE OLLA, CANTARO, CANTARO, CANTARILLA, VIDRIARIAS, À LA FELIZISSIMA, Y DESEADA ENTRADA DE NUESTRO AMABLE, Y CATOLICO MONARCA. DON FELIPE V (QUE DIOS GUARDE). D.A.D.M.B. [En Sevilla: por Juan de la Puerta . 1710]. 8 pp. 20 cm x 14, 5 cm. B.
Folheto de cariz humorístico que alude à entrada de Filipe V em Madrid durante a Guerra da Sucessão.
Exemplar em bom estado geral de conservação.
Raro.
Preço: 80 euros.
10721 – Rodriguez Lusitano, Manuel (P. F.) – SUMMA DE CASOS DE CONSCIENCIA, CON ADVERTENCIAS MUY PROVECHOSAS PARA CONFESSORES COM UN ORDEN IUDICIAL A LA POSTRE: EN LA QUAL SE RESUELVE LO MAS ORDINAIRIO DE TODAS LAS MATERIAS MORALES. AÑADIDA AGORA DE NUEVO EN MUCHAS COSAS, Y CORREGIDA POR EL MISMO AUTHOR…DIRIGIDA A DOÑA MARGARIDA CORDTE REAL, CONDESSA DE CASTEL RODRIGO…En Lisboa. Por Antonio Alvarez. 1567. (8) – 859 pp. 19 cm x 13 cm. E.
Encadernado com
– SEGUNDO TOMO DE LA SVVMMA DE CASOS DE CONSCIENCIA. COMPUESTA POR EL PADRE FRAY MANUEL RODRIGUEZ LUSITANO , FRAYLE MENOR DE LA REGULAR OBSERVANCIA DEL SERAPHICO P.N.S. FRANCISCO, HIJO DE LA PROVINCIA DE SANTIAGO Y LECTOR DE LA SAGRADA THEOLOGIA….En Lisboa. Por Antonio Alvarez. 1597. 391 pp. 19 cm x 13 cm. E.
– TRATADO DEL ORDEM IUDICIAL QUE LOS MINISTROS, GENERALES, Y PROVINCIALES, Y LOS DEMAS IUEZES ECCLESIASTICOS, Y SECULARES HAN DE HAZER EN SUS VIZITAS .s.d. 77 – (94) pp. 19 cm x 13 cm. E.
Obra da autoria do Padre Manuel Rodrigues, sobre quem Barbosa Machado nos deixa a seguinte nota na sua “Biblioteca Lusitana”: “natural da Villa de Estremoz donde passou à Universidade de Coimbra estudar Direito Civil no qual recebido o grao de Bacharel se restituiu à sua pátria [Estremoz] com grande fama de Letrado. Nella começou a exercitar o Officio de Patrono de Causas Forenses, e como fosse arguido por seu Pay que não defendida os litígios em que a Justiça não era manifesta por causa se privava de grandes lucros, attendendendo mais aos ditames da sua timorata consciência (…) se retirou para Castela e na Província Capucha de S. José recebeu o hábito Seráfico donde, por graves moléstias que padecia, se transferiu para a província de Santiago para ser não somente della imortal crédito, mas de todo o orbe Serafico. Depois do jubilar em Teologia especulativa se aplicou ao estudo da Moral e Direito Canónico em que saiu tão eminente como era no Civil (…). Nunca quis aceitar Prelazia na Religião por não se privar do estudo em que achava mayor deleite (…). Faleceu piamente em Salamanca (…) em 1613 (…).” (Machado, Tomo III, pág. 348.49). ´
Barbosa Machado não refere esta edição da obra mas sim a de Barcelona (1596, provavelmente uma contrafacção) e a de Salamanca (impressa já no século XVII).
A obra versa sobre Teologia Moral e Direito Canónico. Ao longo do livro são abordados os mais variados temas como o matrimónio, usura, caça, touros, guerra, salários, etc.
Ilustrado com uma estampa (página inteira) no final do I volume. No final do II volume encerra com uma estampa a ocupar um terço da página.
Encadernação antiga em pergaminho (provavelmente coeva). Perda de papel na margem das primeiras 94 páginas (a afectar a marginália mas não o texto principal). Pico de traça no topo da margem interior do I vol (pp. 489 a 545 por vezes a tocar o texto sem impedir a leitura). Corte (sem perda de papel) nas pp. 59/50. Pico de traça a tocar o texto nas pp. 367/380 e 384 a 390 do II volume (sem tirar o sentido da leitura). Desenhos e notas nas folhas de rosto de ambos os volumes. Última obra com numeração autónoma mas sem folha de rosto. Manuseado. Manchado.
Muito raro.
Ausente das principais bibliografias consultadas.
Preço: 480 euros.
9803 – Santa-Rita, Augusto de – PRAIAS DO MYSTERIO. Lisboa. Edição de Autor. 1916. 159 pp. 24, 5 cm x 18 cm. B.
Primeira edição deste livro de poesias de Augusto de Santa-Rita (1888-1956). Augusto era filho do poeta Guilherme de Santa-Rita e irmão de Santa-Rita pintor.
Augusto de Santa-Rita dedica este livro a seu pai. Com poemas dedicados a Pedro de Menezes (Alfredo Guisado), António Ferro, Mário Beirão, Eugénio de Castro, Teixeira de Pascoaes e Eugénio de Castro.
Exemplar em bom estado geral de conservação.
Raro.
Preço: 80 euros.
10700 – Sousa, Frei Luiz de – ANNAES DE ELREI DOM JOÃO TERCEIRO POR FR. LUIZ DE SOUSA, PUBLICADOS POR A. HERCULANO. Lisboa. Typ. da Sociedade Propagadora dos Conhecimentos Uteis. Lisboa. 1844. XIII – 461 – (12) pp. 21 cm x 14, 5 cm. E.
Publicação dirigida por Alexandre Herculano de um códice da autoria de Frei Luiz de Sousa encontrado na Real Bibliotheca das Necessidades.
Com um fac-simile desdobrável.
Encadernação com a lombada em pele. Interior em bom estado de conservação.
VENDIDO.
10379 – Sousa, Maria Peregrina de – RHADAMANTO OU A MANA DO CONDE. Lisboa. Typographia de Castro Irmão. 1863. 390 – (4) pp. 21 cm x 13 cm. E.
Segundo romance dado à estampa por Maria Peregrina de Souza (n. Porto 1809 m. 1886). Notável folhetinista e poetisa também se aventurou na recolha das tradições populares e folclore. Publicou 3 romances, inúmeros folhetins e colaborou em inúmeros periódicos. Viveu uma boa parte da sua vida numa quinta em Moreira da Maia. Foram “os seus escritos muito apreciados por António Feliciano de Castilho que lhe dedicou uma extensa biografia e louvados por Camilo Castelo Branco” (Castro, Zília Osório de; Esteves, João – Dicionário No Feminino (séculos XIX .- XX) pp. 239).
Exemplar com a lombada em pele. Com um pico de traça que atravessa todo o volume (à cabeça) sem tocar texto. Restante interior um pouco manuseado mas em bom estado geral de conservação.
Raro.
Preço: 80 euros.
10531 – Stanley, Henri M. – A TRAVERS LE CONTINENT MYSTÉRIEUX. Paris. Librarie Hachette et Cie. 1879. 2 vol. IV – 496 pp. – (1); 544 pp. – (1). 23, 5 cm x 15 cm. E.
Tradução de H. Loureau desta célebre obra de Henry M. Stanley (1841 – 1904).
Com referências a Zanzibar (e à influência árabe na região), ao Uganda, lago Tanaganyka, Congo, Cabinda, Luanda, etc.
Ilustrado.
Com mapas desdobráveis inseridos numa pasta no final de cada volume.
Encadernações editoriais com em tela. Corte dourado. Interior com acidez mas em bom estado geral de conservação.
Preço: 175 euros.
10754 – Teixeira, Judith – DECADENCIA. POEMAS POR JUDITH TEIXEIRA. Lisboa. Imprensa Libanio da Silva. 1923. 77 pp. 34 cm x 23, 5 cm. B.
Raríssima primeira edição deste que foi o primeiro livro publicado por Judith Teixeira (1880 – 1959). Inteiramente livre, não se furtando a uma exposição brutal do seu sentir, da sua intimidade e do seu ser, o livro foi alvo de severas críticas e da censura. Apreendido e destruído em 1923 por ordem do Governo Civil de Lisboa, a isso instado pela “Liga de Acção de Estudantes de Lisboa”, raros foram os exemplares desta primeira edição que sobreviveram.
Em poemas como “A minha amante”, “A Outra” ou “Ressurgimento” encontramos notas que ainda hoje ecoam na nossa poesia e que certamente influenciaram muitos dos poetas do seu tempo. Influência silenciosa e silenciada. Com mais quatro títulos publicados entre 23 e 27 (que marcaram a época e o modernismo), Judith Teixeira remeter-se-ia depois a um longo silêncio e pouco se sabe sobre o que foi o resto da sua vida.
Capa um pouco manchada (ver imagem). Conserva as ilutrações da capa e contracapa. Assinatura de posse na folha de rosto. Rubrica no canto superior direito das pp. 31 e 47. Mancha acentuada na margem interior das pp. 8 e 9 e no canto inferior direito da pp. 21 (sem tocar o texto). Um pouco manchado e manuseado.
VENDIDO.
10745 – Vasconcelos, António Augusto Teixeira de – VIAGENS NA TERRA ALHEIA – DE PARIS A MADRID. Lisboa. Editor F. Gonçalves Lopes. 1863. 324 – (4) pp. 17 cm x 10, 5 cm. E.
Obra de António Augusto Teixeira de Vasconcelos (1816 – 1878), uma das mais curiosas figuras do século XIX português onde este diletante escritor com apontamentos sobre costumes, política, arte, religião, etc.
O livro abre com uma resenha das viagens anteriormente realizadas por Teixeira de Vasconcelos. Com passagens por Estugarda, Frankfurt, Colónia, Hanover, Berlim, Paris, Versailles, Chantilly, Lyon, Barcelona, Londres, Liverpool, etc, Teixeira de Vasconcelos ganhou mundo e foi perdendo uma considerável fortuna que, anos antes, já havia sofrido um abalo que anos antes o havia levado a tentar a sorte (e a conquistar fortuna) como advogado em Luanda. Viveu sempre como um grand seigneur e foi um apreciador das boas coisas da vida. Este livro reflecte um pouco dessa forma de estar na vida.
Encadernação com a lombada em pele. Interior em bom estado geral de conservação.
VENDIDO.
10690 – Veríssimo, Erico – FANTOCHES E OUTROS CONTOS. Lisboa. Edição Livros do Brasil. s.d. 351 – (4) pp. 20, 5 cm x 13, 5 cm. E.
2ª edição deste conhecido livro de contos do escritor brasileiro Erico Veríssimo (1905 – 1975).
Exemplar valorizado por uma dedicatória do autor.
Encadernação editorial em tela. Interior em bom estado geral de conservação.
VENDIDO.
9198 – Vilhena, Henrique de – NOVOS ENSAIOS. Lisboa. 1931. 356 pp. 19 cm x 13 cm. B.
Ensaios sobre diversos temas da autoria do médico e escritor Henrique de Vilhena (1879 – 1958).
Entre outros, vamos encontrar neste livro os seguintes capítulos: Gomes Leal, Camilo Castelo Branco, Sobre o Ocultismo e Espiritismo, Sobre a Educação das Crianças, Evolução Espiritual de Antero, Celso Hermínio, Algumas Cartas de Joaquim Nabuco ao Dr. Alberto de Carvalho (a respeito de J. Nabuco ver nº 8607 deste catálogo) .
Com uma breve dedicatória de oferta.
Capas um pouco manchadas. Interior ainda por abrir.
Preço: 18 euros.
Todos os pedidos podem ser feitos para colofon@colofon.pt ou para colofon.pt@gmail.com. Os livros podem ser consultados e levantados na loja, enviados à cobrança ou mediante pagamento para IBAN a indicar no acto de encomenda. Aceitam-se pagamentos por MBWAY após a confirmação da disponibilidade do lote (por email ou telefone). Paypal. Worldwide shipping.
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Livraria Cólofon 